Hoje a Minha Colcha de Retalhos está com tempo. Minhas mãos bordam com suavidade pontos repletas de sentimentos, que me conduz ao norte, sul, não importa, encontrará o meu centro. Bordados a uma linda Mulher que é toda enluarada, hoje só Fada. Fabiane Pontes – Ana Lua – Ao ler seus Poemas é possível vivenciar suas duas palavras: leve-me, deixe-se...
O Tempo
O tempo
Caprichosamente
revela-se a mim
segundos plenos de eternidade
O tempo da fragrância
O olhar de relance
A vida
Teimosamente
revela-se a mim
Plenitude para espaços vazios
Intensidade para águas rasas
Eu
Resignadamente
acolho
Viver
o brevemente
Desejar
o eternamente...
-F.P-
Minhas Mãos
Minhas mãos são a voz do meu coração mudo.
Em linguagem própria,
gesticulam as palavras reprimidas
e os sentimentos desordenados.
Apertam-se mutuamente quando o peito sufoca,
suam o mesmo frio do estômago,
cerram-se os punhos como cerram-se os dentes.
Rendo-me: estou em minhas mãos.
Levam em suas palmas as marcas
desde sempre gravadas na alma.
As unhas são roídas, assim como os sonhos,
mas ainda assim os procura, tateando no escuro.
Seguem marcadas com o meu destino,
que eu, qual cigana sigo aprendendo a ler.
-F.P-
Da linha do Tempo
Da Linha do Tempo
O passado é um bordado desfeito.
O futuro é linha inutilizada pelos nós.
O presente é bordadeira chorando o bordado e cortando a linha.
-F.P-
Afinidade
À Fabiane Pontes
Em suas palavras leve-me, deixe-se...
eu flutuo sonho, vivo
o tempo
permito-me acreditar
que há dentro de mim
um entrelaçar de mente e corpo
em que posso confiar
que estão a interagir
e como uma menina
voltar a sonhar
Ah! Sensação boa você me dá.
Hoje me permito Fabiana-amar...
SílCostardi
ANA LUA - FABIANE PONTEShttp://analua-mulherdelua.blogspot.com/
Com amor e carinho
Sílvia
2 comentários:
Silvinha, fiz uma digressão acurada em teu blog e achei teus poemas lavados de estesia e de uma beleza épica. Gostaria de ser um critico literário para garimpar muito ouro e muitas esmeraldas que eles contem. Mas, como não sou,fico te apludindo. Fim de domingo gracioso.
Palavras tão lindas... não mereço! Beijos enluarados. Fabiane Ponte
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