segunda-feira, 11 de outubro de 2010

O que os meus olhos veem

Hoje a minha Colcha de Retalhos é toda Priscil-amar!

Pudesse eu, esmagar-te suavemente contra o meu peito forte.
Prender-te com laços de seda fina...
Levar-te para alcançar todas suas realizações...
Fazer-te voar, entre nuvens de sonho e adivinhar o teu sorriso em toda a ternura que te ofereço.
Pudesse eu...
Ai me pudesse, mergulhar nos teus olhos de mar e navegar tranquilo, quando não estás comigo...
Pudesse eu, esmagar-te contra o meu peito, onde guardo todas as minhas emoções e angústias...
Pudesses tu sentir o meu coração frágil e apertado, explodindo cristais de amor e saberias o quanto TE AMO!
Enquanto isso te tem nos meus pensamentos e na tua fotografia para compensar todas as distâncias.
Aguardo cada regresso e finjo embalar-te em abraços delicadamente apertados sonhando-te menina feliz.
Porque uma fotografia pode levar-nos a emoções fortes, muito fortes...
Acordei com o teu sorriso nos meus olhos, meu amor, ainda não fui... Porque me falta a tua mão.
Um beijo meu... E volta a dizer-me que não és mais menina para te esqueceres. Que sossegue,  dizendo -"Mãe em breve nos veremos." 
E, me aguento, hoje, sem ti dentro do meu abraço, tentando ser uma mulher forte pela vida inteira! Então não demores...
Querida princesa sempre linda Pri, minha Flor Tulipa:)
Amo-te. Tudo. Tanto. Infinitos íssimos. Para sempre. Amo-te muito... Até ao infinito e um pouco mais além.
Mãe.
Uma estória que vivenciamos juntas:
FLOQUINHOS DE CARINHO

Havia uma aldeia onde o dinheiro não entrava.
Tudo o que as pessoas compravam tudo o que era cultivado e produzido por cada um, era trocado.
A coisa mais importante, a coisa mais valiosa, era a AMIZADE.
Quem nada produzia quem não possuía coisas que pudessem ser trocadas por alimentos ou utensílios, dava seu CARINHO.
O CARINHO era simbolizado por um floquinho de algodão. Muitas vezes, era normal que as pessoas oferecessem floquinhos de algodão sem querer nada em troca, pois sabiam que nunca ficariam sem floquinhos.
Um dia, uma mulher muito má, que vivia fora da aldeia, convenceu um pequeno garoto a não mais dar seus floquinhos. Desta forma, ele seria a pessoa mais rica da cidade e teria o que quisesse.
Iludido pelas palavras da malvada, o menino, que era uma das pessoas mais populares e queridas da aldeia, passou a juntar CARINHOS e em pouquíssimo tempo sua casa estava repleta de floquinhos, ficando até difícil de circular dentro dela.
Daí então, quando a cidade já estava praticamente sem floquinhos, as pessoas começaram há guardar o pouco CARINHO que tinham e toda a HARMONIA da cidade desapareceu. Surgiu a GANÂNCIA, a DESCONFIANÇA, o primeiro ROUBO, o ÓDIO, a DISCÓRDIA, as pessoas se FALARAM MAL pela primeira vez e passaram a IGNORAR umas as outras na rua.
Como era o mais querido da cidade, o garoto foi o primeiro a sentir-se TRISTE e SOZINHO, então procurou a velha para perguntar-lhe se aquilo fazia parte da riqueza que ele acumularia. Não a encontrando mais, ele tomou uma decisão: pegou uma grande carriola, colocou todos os seus floquinhos em cima e caminhou por toda a cidade distribuindo aleatoriamente seu CARINHO. A todos que dava CARINHO, apenas dizia: Obrigado por receber meu carinho.
Assim, sem medo de acabar com seus floquinhos, ele distribuiu até o último CARINHO sem receber um só de volta.
Sem que tivesse tempo de sentir-se sozinho e triste novamente, alguém caminhou até ele e lhe deu CARINHO. Outro fez o mesmo... Mais outro... E outro... Até que definitivamente a aldeia voltou ao normal.
Querida Filha:
Aceite meu floquinho como prova do meu carinho, pois é assim que pretendo conduzir o aprendizado recebido e que te passei: “Existem alguns riscos que são dignos de se correr, porém o medo de riscos é indesculpável... Você tem que defender aquilo em que você acredita”.
Meus floquinhos que sempre dividi com você e espalhamos pela nossa Casa: "Se eu falar em línguas de homens e de anjos, mas não tiver amor, tenho-me tornado um [pedaço de] latão que ressoa ou um címbalo que retine. E se eu tiver o dom de profetizar e estiver familiarizado com todos os segredos sagrados e com todo o conhecimento, e se eu tiver toda a fé, de modo a transplantar montanhas, mas não tiver amor, nada sou. E se eu der todos os meus bens para alimentar os outros, e se eu entregar o meu corpo, para jactar-me, mas não tiver amor, de nada me aproveita. O amor é longânime e benigno. O amor não é ciumento, não se gaba não se enfuna não se comporta indecentemente, não procura os seus próprios interesses, não fica encolerizado. Não leva em conta o dano. Não se alegra com a injustiça, mas alegra-se com a verdade. Suporta todas as coisas, acredita todas as coisas, espera todas as coisas, persevera em todas as coisas. O amor nunca falha. Mas, quando chegar o que é completo, será eliminado o que é parcial. Quando eu era pequenino, costumava falar como pequenino, pensar como pequenino, raciocinar como pequenino; mas agora que me tornei homem, eliminei as [características] de pequenino. Pois, atualmente vemos em contorno indefinido por meio dum espelho de metal, mas então será face a face. Atualmente eu sei em parte, mas então saberei exatamente, assim como também sou conhecido exatamente. Agora, porém, permanece a fé, a esperança, o amor, estes três; mas o maior destes é o amor. 1 Coríntios 13.

Mãe feliz por você existir
Sílvia