segunda-feira, 28 de junho de 2010

A HISTÓRIA DE UM LINDO CAMAFEU

Desejo tecer e incluir na minha Colcha de Retalhos uma linda história de amor. A Primogênita de 6 irmãos. Seus Pais Italianos Sophia e Salvador. Seu lindo nome : Aneris. Nasceu em 23 de Junho de 1919.
Em São Paulo vivenciaram tempos difíceis, mas a Família era grande e por isso sempre debaixo da supervisão dos Pais, Tios, Tias, Primos(as), havia muita alegria, reuniões lá na Casa de seus Pais no Cambuçi, acolá Tios e Tias, Primos(as) no Ipiranga mas sempre juntos, unidos e levando a vida uns ajudando os outros e a alegria contagiante, legado da Itália, imperava nessa linda família e seus parentes. Aos Domingos todos juntos almoçavam Macarronada com Porpetas, feita pelas Mães, Tias, Filhas, e ao entardecer, violão, serenata, com lindas canções onde todos disputavam a sua vez. Tempos bons e repleto de  verdadeira amizade, interesse, com amor e aprendizado.
Um dia a Primogenita ANERIS se enamorou. Foi como um Vestibular. Ele, loucamente apaixonado precisou passar por uma prova difícil, foi sabatinado por todos do pedaço.
Ela com a ajuda de suas quadro irmãs e muitas primas deixou claro o quanto estava encantada por ele. Como serem aceitos por todos? Ele, romantico, simpático, esperto resolveu de uma forma muito linda encantadora mostrar a todos o quanto amava a linda Aneris. PRESENTEOU-LHE COM UM LINDO CAMAFEU! Jóia muito valozida na época. Era de marcacite e madre pérolas.
Assim comquistou sua amada e deixou bem claro a todos familiares como era imenso seu amor pela linda Aneris. Ficaram noivos imediatamente após receber esse lindo Camafeu.
Aneris tinha 23 anos quando o ganhou. Se casaram, mas desde o momento que o ganhou, nunca mais o tirou.
Hoje com 91 anos, minha linda e querida Tia ANERIS ainda o usa.
Seus dois filhos, Iliada e Homero Filho, possuem um Porta Retrato da Mãe usando o Camafeu aos 23 anos quando o ganhou de seu amado.
Fica aqui tecido com fios de ouro um lindo momento vivido por duas pessoas que se amaram muito e viveram tempos felizes onde havia respeito, responsabilidade, amor verdadeiro, digno, sincero, amor para sempre.
E conseguiram aumentar a família italiana para deixá-la mais completa e feliz.
Nós a amamos e respeitamos, Tia Aneris.
Obrigada por tudo que nos ensinou com o passar dos dias que estivemos com a Senhora. Sua delicadeza, elegância única em nos ensinar a sentar para almoçar, jantar, lanchar com muita paciência a segurar os talheres da forma correta e seus conselhos sábios ainda permanecem conosco: seus filhos, netos, bisnetos, sobrinhos e filhos destes, pois acredite, muito do que sabemos hoje, aprendemos da Senhora com sua linda história de Amor onde tudo começou com um lindo e precioso Camafeu!
Amo-te!
Para minha Querida Tia Aneris um Poema:


CAMAFEU

Lembram, no aspecto, as frágeis miniaturas,
escrínio, camafeu, flor em redoma,
missal a refulgir de iluminuras,
frases de ouro a evolar folgasse aroma.

Êmulo de imperiais cinzeladuras,
que o poeta ductílimo, esmera e Chroma,
lavor que impõe desvelos e torturas,
mas donde, em versos, a Beleza assoma.

Quem te arquiteta em rimas de alabastro,
enclausurando em ti a imensidade,
da larva subterrânea à luz de um astro,
transmuda-te de fino estojo em arca,
jóia antiga de eterna mocidade,
sacrário excelso da alma de Petrarca.
Correia Pinto


A palavra camafeu provavelmente origina-se do latim cammaeus, que quer dizer pedra entalhada ou esculpida. Inicialmente, a ágata foi a gema mais utilizada. Bem mais tarde, já a partir do século XV, passou-se a utilizar também a concha.
Na confecção dos camafeus, as gemas podem ser gravadas como uma imagem (intaglio ou entalhe) ou trabalhadas em relevo.
ANERIS , SEUS IRMÃOS E PAIS.

ANERIS SUA FAMÍLIA.

ELEGANTE ANERIS E SEU PAI

LINDA ANERIS HOJE COM FAMÍLIA

Com amor e carinho,
Sílvia







DIA PREGUIÇOSO

Hoje fiquei comigo mesma. Eu só. Levantei tarde, fiquei de pijama, falei com minha filha por telefone, deixei o dia passar preguiçoso, gostoso. Deixei recadinhos para amigos queridos, respondi mensagens de e-mail. Permiti-me não fazer nada que não me apetecesse. Me lembrei de algo que li tempos atrás:
"Hoje me cobri de veste branca sem flores, busquei água, na bica porque não temos fonte, reguei as rosas da minha mãe, conversei com elas. Calcei os meus pés com a paz. Fiz um salgado não escrevi um poema porque a saudades faz... Vera... vero."(Meu desejo seria terminar assim: Pri... é vero. Rsrsrsrs)
Bateu-me uma saudade bem grande daquelas de tamanhão mesmo. Percebi que já estou no limite e ansiosa... Fui surpreendida com um recadinho da minha filha e decidi postar na minha Colcha de Retalhos. Foi lindo. Posso perceber que a saudades está batendo forte também do outro ladinho. Ai bateu um alívio... Percebo que falta pouco para nos vermos! A filhota me escreveu assim:
“Mais uma, que passou na globo internacional daqui e adorei e Zizzi me lembra sempre "mãe"... Que tenho re-descoberto, que tenho que dizer que tem sido gostoso, motivo de orgulho... E felicidade... espero que seja sempre assim... Porque é sempre bom ter aquela "minha mãe" que só nós duas dividimos, Re-nascer. Merece... Tudo... 'Eu não vim aqui pra entender, pra explicar, nem pedir nada pra mim...'”
Minha resposta fica em Poema:
MORA EM MIM Em tudo e por tudo...
Mora em mim a certeza da fragilidade,
O gosto doce da saudade,
O saber do coração que arde.
Mora em mim a felicidade,
De sonhar e acordar embevecida.
Mora em mim essa distância dolorida...
Do amor que me ponho a esperar.
Mora em mim o sorriso matreiro,
Aquele ar alegre e zombeteiro.
De quem se põe com a vida a conspirar,
De quem espera n’outro tempo despertar.
Em tudo e por tudo Minh’alma voa enternecida,
Terna, plena, enlouquecida...
Entregue ao prazer de amar.
Ana Barreto

Com amor e carinho,
Sílvia