segunda-feira, 24 de maio de 2010

Casou-se cedo, menina...

A Minha Colcha de Retalhos está saudosa hoje. É uma saudade de valores lindos e sinceros, uma cumplicidade bonita de se perceber, e hoje acredito não encontrada mais. Li este lindo Poema que me levou a infância. Lá em casa eu e meus irmãos ficávamos atentos a todas as histórias que meus Pais contavam sobre os anos de juventude, como se conheceram, o namoro, noivado e casamento. Casamento era um acontecimento sério e esperado com grande expectativa pelas famílias e pelos enamorados, tão inocentes, puros, íntegros aos valores da época e profundo respeito pelo nome que carregavam. E como a foto mostra tudo era de branco puro mesmo,  de um orgulho verdadeiro. A felicidade fica estampada para sempre. Um lindo início de vida dos meus amados, lindos e queridos Pais!

 
Casou cedo, menina ainda.
Na mala - rendas, cambraias, cetim.
E um pouco de algodão - puro.
No coração - sonhos.
As rendas, cambraias e cetim, pouco usados, continuam lá.
O algodão, agora manchado, resiste bravamente.
Os sonhos, quase esquecidos, dormem no fundo da alma.
Vera Abi Saber



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