O resto... não quero
Barco sem timão,
Relógio sem pêndulo
Balanço e solavanco
Desgovernado riso
Pecado de nuvens
Ausência de sombras
Rio sem nome
Espuma na areia
Canto da noite
Mãos de etéreo tato
Lua e lume
Rua do beijo
Trégua na guerra
Espasmo do pranto
Gargalhada e soluço
Limo na pedra
Suor do desejo
Portal do mistério
Palavra certeira
Caricia da espera
Saturnal lágrima
Poesia escondida
Corpo presente
Ausente agonia
Assim teu amor
O resto
não quero.
Flavio Pettinichi
Viajar em seu navio
Pelos mares, pelos rios
Andar só...
Será esse o caminho
Navegar assim sozinho
Sem alguém que nos espere
Nos cais...
Homem algum será deserto ou ilha
Como não pode o rio negar o mar...
Sonhe, sonho solidário
Faz crescer o amor diário
Vai...
Abre as portas do navio
Beba o mar e beba o rio
Viva a vida e viva o tempo
De amar
Vai...
tua vida!
Navegando à deriva,
Sílvia
Sílvia
4 comentários:
Silvia... estou adorando ser um pedacinho de sua bela colcha de retalhos.
Beijos com carinho.
Nossa...Muito Luco ler esse texto num outro lugar que não seja o que eu Reconheço..ate Gostei dele ( do texto) rsrsrsr...Muito Obrigado Sil..Muito Obrigado Mesmo!!
Silvia,
O título do seu blog já é pura beleza!
E as composições que você tece, obras de sensibilidade à ponta da agulha.
Linda forma de ser assim, tecelã, entre imagens e palavras... e encontrando entrelinhas para cores, para sons...
Só o essencial.
Os restos só jazem à margem.
Um beijo.
Belas postagens, a sua manta de retalhos me aqueceu e me faz sentir confortável, quase como em Casa...
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