sexta-feira, 23 de julho de 2010

RELÓGIO DO CORAÇÃO

Há tempos em nossa vida que contam de forma diferente.
Há semanas que duraram anos, como há anos que não contaram um dia.
Há paixões que foram eternas, como há amigos que passaram céleres, apesar do calendário mostrar que eles ficaram por anos em nossas agendas.
Há amores não realizados que deixaram olhares de meses, e beijos não dados que até hoje esperam o desfecho.
Há trabalhos que nos tomaram décadas de nosso tempo na terra, mas que nossa memória insiste em contá-los como semanas.
Há casamentos que, ao olhar para trás, mal preenchem os feriados das folhinhas.
Há tristezas que nos paralisaram por meses, mas que hoje, passados os dias difíceis, mal guardamos lembranças de horas.
Há eventos que marcaram, e que duram para sempre,
O nascimento do filho, a morte do pai, a viagem inesquecível, um sonho realizado.
Estes têm a duração que nos ensina o significado da palavra “eternidade”.
Já viajei para a mesma cidade uma centena de vezes, e na maioria das vezes o tempo transcorrido foi o mesmo.
Mas conforme meu espírito houve viagem que não teve fim até hoje, como há percurso que nem me lembro de ter feito, tão feliz eu estava na ocasião.
O relógio do coração – hoje eu descubro - bate noutra freqüência daquele que carrego no pulso.
Marca um tempo diferente, de emoções que perduram e que mostram o verdadeiro tempo da gente.
Por este relógio, velhice é coisa de quem não conseguiu esticar o tempo que temos no mundo.
É olhar as rugas e não perceber a maturidade. Mário Quintana
Buscando a maturidade,
Sílvia

5 comentários:

ErikaH Azzevedo disse...

Tu busca a maturidade como ela quer ser buscada Silc...com Doçura no olhar, é oque tenho percebidoi nos textos que aqui leio e maturidade é isso menina, aquele açucar no fundo do copo , o açucar que fica, pq do que adianta o tempo se não aprendermos com ele a ver as coisas no melhor angulo né? Tu pões no olhar uma estrela que brilha e que guia os teus caminhos menina.

Querida, obrigada por me seguir lá no adoce viu! Eu já te seguia desde o post que fizeste ao Léo,lembras.

Um beijo , a ti meu carinho

Erikah

ErikaH Azzevedo disse...

Eu só não achei o post da Denise aqui...depois me mostras tá.

Mais beijinhos

Erikah

Bípede Falante disse...

O tempo pode ser mesmo muito subjetivo...

BEBE disse...

Percebi que o tempo me fez
amar com mais intensidade,
de uma forma que jamais
poderia existir...
Muitas vezes só o "TEMPO"
nos ensina a aprender a AMAR...
Nem sempre no "TEMPO" certo.
Beijo
da
BEBE

Anônimo disse...

Mário Quintana era um gênio. E permanece assim. Dentro da simplicidade, conseguia expressar os mais profundos sentimentos e verdades que nos vão pela alma. E nem sempre temos consciência.
Lindo post !

Abraço,
Susana
http://dutchjes.blogspot.com